25º Domingo do Tempo Comum
Deus nos dá inteligência e forças para as aplicarmos na pratica da justiça, da honestidade e do bem. Se assim não fizermos, daremos contas a Ele.
Como qualquer um de nós, também Jesus teve de fazer uso do dinheiro para suprir as suas necessidades e as de seus discípulos. O texto de São Lucas cita um grupo de mulheres que os ajudavam com seus bens (Lc 8,2). Em outra ocasião, vemos Jesus dando esmolas, através daquele que era responsável por guardar o dinheiro, Judas (Jo 13,29). E até mesmo um dia, realizou um milagre para pagar o imposto imperial, fazendo tirar da boca de um peixe uma moeda (Mt 17, 26).
Para Jesus o dinheiro em si não era símbolo do pecado, mesmo porque o problema está no uso que fazemos dele. Em sua missão, Jesus experimentou o caráter ambíguo do dinheiro. Um dia Ele, que elogiara uma pobre viúva que depositava duas moedas no cofre do Templo, se entristeceu com a recusa do jovem rico em segui-lo exatamente porque tinha muitos bens. Por fim, o mesmo Jesus foi vítima do mau uso do dinheiro quando seu próprio discípulo, Judas, o entregou por 30 moedas.
Já em sua época o profeta Amós condena a corrupção generalizada, fruto da ganância pelo dinheiro que teria como consequência a experiência amarga do exílio na Babilônia. Sempre que se faz do dinheiro um fim e não um meio para se viver com dignidade ou um instrumento de solidariedade, corre-se o perigo da idolatria e de suas terríveis consequências.
Sabendo disto, Jesus conta a parábola que ouvimos hoje. Ao louvar a atitude do administrador desonesto, o Senhor não quer suscitar em nós sentimentos torpes ou atos imorais. Do mesmo modo que, quando conta a parábola do rei que deve avaliar suas tropas antes de guerrear com o reino vizinho, não nos estimula à guerra nem à violência, mas quer que saibamos calcular com sabedoria as consequências de nossos atos. Em relação ao administrador infiel, o que o Senhor elogia é sua habilidade em prevenir sua segurança no futuro. Do mesmo modo, deveríamos ter esta astúcia em buscar a salvação de nossas vidas.
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